Paula buscava a tal paz correndo pela praia, e enquanto ela observava a sua volta, seus pés sujos de areia formavam um grande círculo ao redor da margem.
Suas passadas rápidas transformavam tudo e todos em vultos, apenas. Na verdade, não desejava enxergar nada além do mar.
Seus olhos estavam mareados e a visão começava a ficar cada vez mais turva...
Sim,ela fora atingida por uma corrente de dor e agora ondas se formavam,quebrando-se a cada piscar de pálpebras.
Sim,ela fora atingida por uma corrente de dor e agora ondas se formavam,quebrando-se a cada piscar de pálpebras.
Ainda em movimento, balançava a cabeça com uma ínfima esperança de acordar daquele pesadelo ao qual nunca deveria ter entrado, mas nem ao menos culpa-se por nada,apenas concordou em fechar os olhos para um sonho,digo,um suposto sonho.
Em pequenos intervalos de tempo a água tocava os seus pés totalmente despidos e sensíveis, para que ficassem vulneráveis a aquela carícia frívola do mar ás 23h. As suas sandálias foram deixadas em cima de uma “pedra qualquer”, não poderia ser mais exata, pois não se recordava o local ao certo...
(Respondendo a uma hipotética pergunta sobre as sandálias: não, ela não se importava).
Eu estava um pouco mais distante sentada na areia, próxima a uma “pedra qualquer”, como a grande guardiã das sandálias amarelas de uma desconhecida e esperando o final daquele ciclo vicioso, quando o cansaço a trouxesse em um arrastar de pernas.
Os ponteiros traçavam o seu percurso, eu, apenas a observava e ela, seguia o seu ciclo acelerando ainda mais, iniciando um descompasso repentino. Quer chegar onde ninguém possa alcançá-la, mas o desespero a acompanha, cada vez mais rápido. Ela podia senti-lo, através de sua respiração ofegante e até escutá-lo sussurrar: “Hoje, Paula, eu não quero Paz”.
coisa mais linda, sempre me surpreendo aqui.
ResponderExcluirnão quero paz de jeito nenhummmmmmm..
ResponderExcluirolha, eu tneho uam havaianas dessa igualzinha..
hahaha
...
tenho várias coleciono..
havvaianas e relógios, minha ssegunda paixão!
amoo havainas (:
ResponderExcluirQuando não quero paz não vou ao mar...
ResponderExcluiro mar me acalma!!!!
Dessas aflições é melhor observar do que sentir, mas é constante a inversão de papéis na vida que segue, oras com paz, oras prestes a se abalar.
ResponderExcluirBeijos
;*
Ah, que agonia, que ânsia de não sei o quê.
ResponderExcluirMas como a Erica: quando eu quero paz, não vou ao mar, porque o mar também me acalma.
Beijo.
que cenário perfeito,eu me identifiquei bastante (:
ResponderExcluirbeeeijinhos ><
Que coisa mais fofa ^^
ResponderExcluirAmeeeeeeeei!
Beijos linda!
"Sim,ela fora atingida por uma corrente de dor e agora ondas se formavam,quebrando-se a cada piscar de pálpebras".
ResponderExcluirMuito bem escrito, isso.
Linda, você!